O vinho que me aquece ou me refresca a alma
Calma. Bebe-se para se refrescar ou bebe-se para se aquecer? Há quem o faça dizendo experimentar ambas as sensações, conforme as estações. Será?
O que se sabe é que toda bebida alcoólica age no organismo como um vasodilatador, fazendo aumentar o diâmetro dos vasos sanguíneos, impulsionando o sangue a fluir pelas artérias mais facilmente e, como resultado, acelera a perda de calor causando a hipotermia dos órgãos. Ocorre que esse calor que está sendo perdido provoca também uma falsa sensação de aquecimento.
Incursões científicas à parte, o certo é que a sensação de se degustar um bom vinho é algo tão bom que passa a ser um estado de espírito, que faz bem à alma; e um bom vinho pode ser degustado em qualquer estação, pois quando bem escolhido, vai corresponder à nossa expectativa fazendo-lhe valer o apelido de “néctar dos deuses”.
Variando conforme diferentes estilos de vinhos, sugerem-se quatro espumantes, que com relação à temperatura em que devem ser servidos, vai depender do seu estilo e da sua concentração que pode variar (em graus), de 6°C até 10°C. Os espumantes menos encorpados e com maior acidez, onde o elemento principal é o frescor, devem ser servidos a 6°C (seis graus). São os espumantes mais simples, mais baratos também, que são servidos como aperitivos e se aplicam bem à procurada sensação de frescura dos rituais de verão.
Neste caso, as boas dicas são:
Já os vinhos espumantes mais estruturados ou mais encorpados, que dependem da maior concentração e complexidade, embora também ideais como aperitivo, mostram melhor a sua qualidade harmonizando com a gastronomia, devendo ser servidos à temperatura de 8°C.
Sugerindo-se, então:
- O Espumante Blanquette de Limoux Saint-Hilaire Brut, França e o Première Bulle Rose Nº1 Brut, França.
Em nome da praticidade e a descontração do verão, não é raro observar-se em pérgolas de piscinas, até de hotéis chiques, esses espumantes serem servidos em taças flutes, mas de materiais diferenciados, acrílicas, muitas vezes. Embora esteticamente bonitas pelo colorido e formato, o acrílico afeta a temperatura e a qualidade das borbulhas do vinho. A cor na taça confunde a visualização da coloração real do vinho, eliminando um dos sentidos, o que impede uma perfeita degustação.
As taças para vinhos, portanto, devem ser de cristal ou vidro e transparentes. Até porque, no caso de se explorar a refrescância da bebida, os espumantes apresentam uma combinação de frutos vermelhos, violetas, cítricos, onde morangos, uvas, pétalas de rosas lhe dão a beleza do tom, da coloração e da qualidade.
Então, sirva sempre um bom vinho para que o seu amigo volte, porque, segundo Strauss, valsa e vinho sempre pedem bis.
[author] [author_image timthumb=’on’]http://vinhoemprosa.com.br/wp-content/uploads/2012/12/giovana-moyzes.jpg[/author_image] [author_info]Giovana é Mestre e consultora em Gastronomia, trabalha atualmente na Universidade Vila Velha. Gosta de pessoas verdadeiras, de artes em geral, ama viajar pelo Brasil e mundo afora. Dessas viagens, sempre procura conhecer os costumes e a gastronomia, redirecionando-os para tudo que faz. Aplica-se na arte de ser uma eterna aprendiz.[/author_info] [/author]